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Introdução à Patologia

Meu Atlas de
Patologia

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Saúde e doença:

     A saúde pode ser entendida como a condição em que o organismo consegue se ajustar adequadamente aos aspectos físicos, mentais e sociais do meio em que está inserido, experimentando assim sensação de bem-estar (saúde no aspecto subjetivo), não apresentando alterações detectáveis no exame clínico ou laboratorial (saúde no aspecto objetivo). Em contrapartida, a doença corresponde a uma  incapacidade de adaptação a esses mesmos fatores, levando o indivíduo a sentir-se mal (manifestações subjetivas, como sintomas) e/ou a apresentar alterações orgânicas que podem ser comprovadas por sinais clínicos.

   Além disso, os conceitos de saúde e normalidade não apresentam o mesmo significado, o termo saúde refere-se ao indivíduo, enquanto normalidade relaciona-se a valores estruturais ou funcionais do organismo. A normalidade é definida por médias obtidas por métodos estatísticos, baseadas em observações de grupos homogêneos (mesma etnia, condições de vida e considerados saudáveis).

Evolução das doenças:

      Uma vez que as doenças podem se manifestar e progredir de formas diversas, as lesões apresentam caráter dinâmico: surgem, desenvolvem-se e podem evoluir para a cura ou cronicidade. Por isso, também recebem o nome de processos patológicos, visto que o termo “processo” remete a uma sequência de acontecimentos. Dessa forma, a aparência morfológica de uma lesão depende do estágio em que ela é observada.

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Aspectos cronológicos de uma doença.

FONTE: BOGLIOLO, 2021

Respostas do organismo às agressões:

         Qualquer estímulo da natureza pode tornar-se agressão conforme sua intensidade, duração e a capacidade de resposta do organismo (incluindo fatores genéticos). Diante disso, o corpo reage buscando defesa ou adaptação. Em alguns casos, a adaptação ocorre sem maiores prejuízos, mas, em outros, surgem lesões agudas ou crônicas que dão origem às doenças.

        As agressões podem ser originadas no ambiente externo ou mediante o próprio organismo. Já as lesões podem ter origem em fatores físicos, químicos ou biológicos, assim como em alterações da expressão genética, desequilíbrios nutricionais, distúrbios metabólicos ou falhas nos mecanismos de defesa do organismo.

    Desse modo, lesão corresponde ao conjunto de modificações estruturais, bioquímicas e/ou funcionais que aparecem em células e tecidos em resposta a uma agressão. Os agentes agressores atuam principalmente sobre moléculas (em especial as macromoléculas essenciais às funções vitais), de modo que as lesões têm início em nível molecular. As alterações morfológicas aparecem como consequência de mudanças nas membranas, no citoesqueleto, no núcleo, em outros componentes citoplasmáticos ou pelo acúmulo de substâncias intra ou extracelulares. As lesões celulares acabam comprometendo órgãos e sistemas. A ação desses agentes pode ocorrer de duas formas: direta, quando alterações moleculares levam a modificações estruturais; ou indireta, quando mecanismos adaptativos, ao tentar neutralizar a agressão, também geram alterações que resultam em lesão. Assim, os próprios mecanismos de defesa podem causar dano ao organismo.

Respostas do organismo às agressões. 

FONTE: BOGLIOLO, 2021

Classificação das lesões:

     As lesões podem ser classificadas em grupos diferentes, a depender do alvo atingido, nos grupos: lesões celulares, alterações intersticiais, distúrbios da circulação, alterações da inervação e em inflamação.  

        Sendo assim, as lesões celulares classificam-se em dois grupos: letais e não letais. Nas não letais, as células permanecem viáveis e podem recuperar-se quando o agente agressor é removido. A distinção entre lesão letal ou não depende de fatores como a natureza, intensidade e duração da agressão, além do tipo e da condição funcional da célula afetada. As agressões podem interferir no metabolismo celular, provocando acúmulo de substâncias dentro das células (degenerações), ou afetar os mecanismos que controlam a proliferação e diferenciação, resultando em alterações como hipotrofia, hipertrofia, hiperplasia, hipoplasia, metaplasia, displasia e neoplasia. Em outros casos, ocorre acúmulo de pigmentos endógenos ou exógenos, dando origem às pigmentações. Já as lesões letais incluem necrose (morte celular seguida de autólise), apoptose (morte celular sem autólise) e outros tipos de morte celular identificados mais recentemente.

     Alterações do interstício ou matriz extracelular (MEC), envolvem mudanças na substância fundamental amorfa e nas fibras colágenas, elásticas e reticulares, que podem apresentar modificações estruturais ou acumular substâncias produzidas localmente ou provenientes da circulação. Depósitos de cálcio e a formação de concreções e cálculos no espaço extracelular são tratados separadamente.

         Os distúrbios da circulação podem se manifestar de diversas formas: alterações do fluxo sanguíneo para os tecidos, como aumento (hiperemia), diminuição (oligoemia) ou interrupção (isquemia); coagulação do sangue nos vasos (trombose); obstrução vascular causada por substâncias ou corpos estranhos (embolia); extravasamento de sangue do vaso (hemorragia); e alterações no equilíbrio de líquidos entre o plasma e o interstício (edema).

    Embora as alterações na inervação raramente sejam discutidas nos livros de Patologia, elas provavelmente representam lesões significativas, considerando o papel integrador do tecido nervoso. No entanto, as alterações locais nessas estruturas ainda são pouco compreendidas.

      A inflamação é a lesão mais complexa, envolvendo todos os componentes do tecido. Morfologicamente, ela se manifesta por alterações locais na microcirculação e pela migração de leucócitos para fora dos vasos, acompanhadas de lesões nas células e no interstício, causadas principalmente pela atuação das células fagocitárias e pelas mudanças vasculares associadas ao processo.

Etiopatogenia das lesões

       As doenças e lesões podem ter origens variadas, resultando tanto de fatores ambientais quanto da suscetibilidade individual ligada ao perfil genético. A intensidade do estímulo, o tempo de exposição e a capacidade de reação do organismo determinam o impacto da agressão. As causas costumam ser classificadas em exógenas, vindas do ambiente, e endógenas, relacionadas ao próprio organismo. Na maioria das vezes, ambos os fatores atuam em conjunto.

        Compreender as causas e os mecanismos das doenças é fundamental para a prática médica, pois permite pensar em estratégias de prevenção e tratamento. No entanto, nem sempre a origem é identificada; nesses casos, a condição é chamada de idiopática, essencial ou criptogenética.

         O equilíbrio do organismo (homeostase) é influenciado pelos ambientes físico, psíquico e social em que o indivíduo vive. As causas exógenas incluem agentes físicos, químicos, biológicos e distúrbios nutricionais; as causas endógenas envolvem fatores genéticos, alterações metabólicas, defesas do organismo e fatores emocionais, estes últimos também influenciados pelo ambiente social.

         Entre os agentes físicos estão traumas, radiações, mudanças de temperatura e pressão; os químicos incluem poluentes, pesticidas, medicamentos e drogas; e os biológicos abrangem vírus, bactérias, protozoários e parasitas. Os distúrbios nutricionais podem ser por excesso ou deficiência de nutrientes.

       O patrimônio genético é crucial, pois indivíduos diferentes podem reagir de maneira distinta a um mesmo agente. Embora causas exógenas, endógenas e sociais sejam estudadas separadamente, na prática elas interagem fortemente no desencadeamento de lesões e doenças.

    Nas células, as agressões podem causar lesões reversíveis ou irreversíveis, dependendo da intensidade, duração e do tipo celular afetado. Por exemplo, uma isquemia leve e curta pode ser reversível, mas se prolongada ou intensa leva à morte celular.

   Os principais mecanismos de ação das agressões incluem:

  1. Redução da disponibilidade de oxigênio;

  2. Formação de radicais livres;

  3. Alterações em DNA, RNA e proteínas;

  4. Resposta imune;

  5. Distúrbios nutricionais e metabólicos.

   

   A seguir tais mecanismos serão descritos com mais detalhes.

Redução na disponibilidade de O2 às células:

   

    A redução no fornecimento de oxigênio é denominada hipóxia, enquanto sua ausência total recebe o nome de anóxia. Quando há diminuição ou interrupção do fluxo sanguíneo, caracteriza-se a isquemia. O efeito sobre as células depende da intensidade, duração e da sensibilidade delas à falta de oxigênio e nutrientes, podendo resultar em degeneração ou morte celular. Hipóxia e anóxia são de grande relevância clínica, pois estão associadas a diversas doenças graves de órgãos como coração, cérebro, rins e intestinos, sendo importantes causas de morbidade e mortalidade.

   Para enfrentar a hipóxia, as células desenvolvem mecanismos adaptativos, incluindo:

  1. Aumento da glicólise para gerar energia anaerobicamente;

  2. Maior captação de glicose;

  3. Inibição da gliconeogênese e da síntese de ácidos graxos, triglicerídeos e esteroides;

  4. Ativação do HIF-1 (Hypoxia-Inducible Factor), que regula a expressão de diversos genes, como os que codificam o VEGF (fator de crescimento endotelial), a sintetase de óxido nítrico, proteínas de choque térmico (HSP) e proteínas antiapoptóticas, promovendo a adaptação celular à falta de oxigênio.

     A hipóxia breve torna um órgão mais resistente a episódios subsequentes mais longos, fenômeno chamado pré-condicionamento, mediado principalmente pelo HIF-1. Em experimentos, isquemia transitória seguida de reperfusão repetida aumenta a resistência de órgãos como coração e fígado a lesões típicas após o restabelecimento da circulação em transplantes.

       Lesões reversíveis induzidas por hipóxia:


     A falta de oxigênio reduz a produção de ATP, comprometendo bombas iônicas e causando acúmulo de sódio e água (degeneração hidrópica). O cálcio liberado ativa proteases que desorganizam o citoesqueleto, enquanto o excesso de acetil-CoA leva ao acúmulo de triglicerídeos (esteatose). Essas alterações, chamadas de degenerações, são reversíveis se a hipóxia for corrigida.

       Lesões irreversíveis induzidas por hipóxia:


     Quando a hipóxia persiste, danos em membranas celulares e organelas tornam as alterações irreversíveis, levando à morte celular por necrose (mais comum) ou apoptose. Antes da necrose, podem surgir bolhas de membrana, figuras em bainha de mielina, alterações mitocondriais graves e liberação de enzimas lisossômicas. A vulnerabilidade varia conforme o tipo celular: neurônios resistem poucos minutos, enquanto cardiomiócitos suportam até meia hora.

       Efeitos da reperfusão:


    A restauração do fluxo sanguíneo após hipóxia pode agravar os danos, gerando radicais livres de oxigênio, entrada maciça de cálcio e choque osmótico. Assim, lesões leves podem se recuperar, enquanto danos intermediários ou prolongados podem se intensificar com a reoxigenação.

Formação de radicais livres:

    Radicais livres são moléculas com um elétron desemparelhado em seu orbital externo, tornando-as altamente reativas com outras moléculas. Lipídios, ácidos nucleicos e certos aminoácidos são particularmente suscetíveis à ação desses radicais.

       Eles se formam quando o último orbital de um átomo perde ou ganha elétrons em reações de oxirredução, nas quais uma molécula se oxida ao ceder elétrons e outra se reduz ao recebê-los.

   Diversas situações podem gerar radicais livres:

  1. Metabolização de substâncias químicas dentro das células;

  2. Radiações ionizantes, que ionizam a água;

  3. Fumaça de cigarro e alguns alimentos oxidados;

  4. Produtos do metabolismo do etanol;

  5. Fagócitos durante respostas inflamatórias;

  6. Células que expressam NOX (como endotélio e músculo liso), após agressões.

 

Lesões causadas por radicais livres:

     Os radicais livres causam lesões celulares ao reagirem com lipídios, proteínas e ácidos nucleicos. Nos lipídios de membrana, desencadeiam peroxidação em cadeia, formando hidroperóxidos e aldeídos reativos, que danificam membranas e interagem com proteínas e DNA. Nas proteínas, provocam modificações estruturais, mau dobramento e perda de função, além de favorecerem sua degradação. Já nos ácidos nucleicos, geram quebras e mutações ao formar produtos oxidativos e adutos com aldeídos reativos.

       Muitos agentes químicos agem por meio de radicais livres, como o tetracloreto de carbono, que nos hepatócitos é convertido em espécies reativas causando necrose hepática, e o etanol, que também lesa o fígado parcialmente por esse mecanismo. Apesar de antioxidantes da dieta não prevenirem totalmente esses danos, seu consumo regular — sobretudo por vegetais — associa-se a menor risco de doenças crônicas como aterosclerose e certos cânceres.

    Além do efeito deletério, os radicais livres têm papel regulador, atuando como sinalizadores celulares. Espécies reativas de oxigênio, como o ânion superóxido e o peróxido de hidrogênio, modulam receptores, enzimas e fatores de transcrição, ativando vias como p38 MAPK, JNK e ASK1, essenciais nas respostas ao estresse celular.

Alterações em ácidos nucleicos e proteínas:

      Mudanças na quantidade ou função das proteínas podem surgir devido a defeitos genéticos herdados ou anomalias adquiridas, como:

  1. Lesões no DNA causadas por radiação, quimioterapia ou erros de replicação, que podem gerar mutações;

  2. Mal dobramento proteico, frequentemente associado a estresse oxidativo, alterações genômicas ou mudanças na expressão gênica.

   Como as proteínas desempenham papéis essenciais — sendo componentes estruturais, mediando enzimas, receptores, transdução de sinais, contração celular e defesa imunológica —, qualquer alteração em sua quantidade ou qualidade pode provocar lesões e doenças.

   Exemplos de consequências:

  • Defeitos enzimáticos levam ao acúmulo de substratos, causando doenças de depósito, como glicogenoses e mucopolissacaridoses.

  • Anormalidades em proteínas contráteis resultam em doenças musculares, como distrofias.

  • Alterações em proteínas estruturais, como a hemoglobina, podem ter efeitos graves, inclusive levar à morte.

  • Proteínas mal dobradas podem formar agregados citotóxicos ou se acumular nas células.

  • Alterações na expressão de proteínas reguladoras do ciclo celular podem favorecer o desenvolvimento de neoplasias.

Reação imunitária:

       A resposta imune é o principal mecanismo de defesa do organismo contra agentes infecciosos participando também do reparo de lesões causadas por diferentes agressores. Divide-se em imunidade inata e adaptativa, e seus efeitos se manifestam, em grande parte, pela exsudação de plasma e leucócitos para a matriz extracelular, fenômeno característico da inflamação. Diante de qualquer agressão, o sistema imunológico é ativado para eliminar o agente nocivo, quando biológico, ou reparar o tecido danificado. No entanto, como a inflamação pode também provocar destruição celular e tecidual, a resposta imune está frequentemente envolvida no desenvolvimento de várias doenças. Em determinadas situações, a desregulação desse sistema é o mecanismo central da patogênese: quando ocorre ativação exacerbada, surgem doenças autoimunes e reações de hipersensibilidade; já a resposta deficiente favorece infecções oportunistas e até a ação de microrganismos que compõem a microbiota normal.

Agentes físicos:

     Diversos agentes físicos podem provocar lesões no organismo. Entre eles, a força mecânica gera traumas como abrasões, lacerações, contusões, cortes, perfurações e fraturas, podendo ainda levar a complicações sistêmicas como choque, inflamação generalizada e êmbolos. Alterações da pressão atmosférica também causam danos: a descompressão rápida leva à formação de bolhas gasosas (síndrome da descompressão), enquanto grandes altitudes provocam hipóxia, edema pulmonar ou cerebral e mal-estar. Explosões e variações bruscas de pressão lesam especialmente órgãos ocos.

      A temperatura exerce efeitos locais e sistêmicos: o frio intenso causa vasoconstrição, hipóxia, necrose e, em casos extremos, hipotermia fatal; já o calor gera queimaduras de graus variados, choque, risco de infecção e hipertermia grave. A corrente elétrica pode produzir arritmias, lesões musculares, queimaduras e até morte por parada cardiorrespiratória.

     As radiações se dividem em ionizantes (raios X, gama, partículas) e não ionizantes (UV, infravermelho, micro-ondas). As ionizantes podem causar quebras no DNA e mutações, sendo usadas também em radioterapia. A luz solar, especialmente os raios UV, provoca queimaduras, envelhecimento precoce da pele e câncer cutâneo, além de reações fototóxicas e fotoalérgicas.

     O som em alta intensidade leva à perda auditiva progressiva, e o ultrassom, apesar de amplamente utilizado em diagnóstico, não apresenta efeitos nocivos comprovados. Quanto às micro-ondas e campos eletromagnéticos, estudos não confirmam aumento significativo de risco de tumores cerebrais, embora seu efeito térmico seja explorado terapeuticamente.

Agentes químicos:

    Diversos agentes químicos, sejam eles tóxicos ou medicamentos, podem causar lesões por dois mecanismos principais. O primeiro envolve ação direta sobre células e tecidos, levando à degeneração ou morte celular, alterações no interstício ou modificações genômicas capazes de induzir câncer (efeito carcinogênico). Quando a exposição ocorre ainda na vida intrauterina, podem surgir malformações (efeito teratogênico). O segundo mecanismo, mais raro, ocorre de forma indireta, quando a substância atua como antígeno ou hapteno, desencadeando respostas imunes que resultam em diferentes tipos de lesão.

       A gravidade do efeito depende tanto das características da substância (dose, via de entrada, transporte, armazenamento, metabolismo e eliminação) quanto das condições individuais do organismo, como idade, sexo, estado de saúde, fase fisiológica e perfil genético. Assim, os efeitos podem ser previsíveis ou imprevisíveis.

    Os efeitos previsíveis estão diretamente relacionados à dose, reproduzem-se em experimentos animais e apresentam padrões semelhantes entre indivíduos. São influenciados por idade (crianças e idosos são mais vulneráveis), capacidade de metabolização, presença de doenças (como insuficiência renal, que dificulta a excreção) e interações com outras substâncias. Já os efeitos imprevisíveis dependem principalmente de respostas imunitárias e de fatores genéticos, não mantendo relação direta com a dose. Nesses casos, a reação pode variar entre indivíduos e tende a ser mais intensa em exposições repetidas, embora em algumas situações ocorra dessensibilização. Um exemplo particular é a idiossincrasia, quando uma substância provoca lesão de forma inesperada, sem ligação com dose ou sensibilização imunológica.

     Quanto ao destino das substâncias no organismo, após a absorção (que pode ocorrer por pele, mucosas ou vias parenterais), elas são distribuídas pelo sangue, dissolvendo-se no plasma ou ligando-se a proteínas plasmáticas. Tecidos com maior fluxo sanguíneo, como cérebro, fígado, coração e rins, recebem maior quantidade do agente. Muitas vezes, ocorre armazenamento em locais específicos, como o tecido adiposo (lipossolúveis) ou membranas basais (metais pesados).

    O metabolismo, ou biotransformação, é essencial para tornar compostos mais solúveis em água e facilitar sua eliminação. Esse processo, realizado principalmente no fígado, ocorre em duas fases:

  • Fase I: reações de oxidação, redução ou hidrólise, geralmente mediadas pelo sistema citocromo P450. Podem inativar ou ativar substâncias, inclusive gerando metabólitos mais tóxicos ou carcinogênicos.

  • Fase II: reações de conjugação com moléculas como ácido glicurônico, sulfato ou aminoácidos, formando compostos solúveis de fácil excreção.

        A eficiência da biotransformação varia conforme idade, fatores genéticos, indução enzimática (p. ex., pelo etanol, fenobarbital ou rifampicina) e condições inflamatórias que podem inibir a atividade hepática. Essa variabilidade explica diferenças individuais na resposta a drogas e toxinas, além de interações medicamentosas importantes, como no caso do tamoxifeno e da fluoxetina.

     Por fim, a excreção ocorre pela urina, fezes, bile, suor ou respiração. Em alguns casos, o acúmulo em locais de eliminação pode causar lesões, como o desenvolvimento de neoplasias na bexiga em trabalhadores expostos a derivados de anilina.

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Eventos que podem ocorrer com um agente químico (tóxico, fármaco ou poluente) após entrar em contato com o organismo.

FONTE: BOGLIOLO, 2021

Fatores individuais e ação lesiva dos agentes químicos:

   Os efeitos tóxicos dos agentes químicos não dependem apenas de suas características próprias, mas também das condições individuais de cada organismo. A constituição genética exerce grande influência, já que define o padrão enzimático de cada pessoa. Por exemplo, indivíduos com deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) são altamente suscetíveis à intoxicação pela ingestão da fava-do-mediterrâneo, que contém inibidores da enzima, e a reações adversas a certos antimaláricos, como a quinacrina e a primaquina. Outro exemplo é a menor capacidade de acetilação observada em algumas pessoas, o que as torna mais vulneráveis à toxicidade de drogas como a isoniazida. Além disso, indivíduos geneticamente predispostos a alergias apresentam maior risco de reações de hipersensibilidade, já que alterações na imunorregulação favorecem a produção de IgE e aumentam a probabilidade de anafilaxia.

       A idade também é determinante. Lactentes e crianças são mais sensíveis porque possuem maior proporção de água corporal em relação ao peso e, nos recém-nascidos, o sistema de biotransformação ainda é imaturo. Idosos, por sua vez, apresentam menor atividade enzimática global, o que reduz a capacidade de neutralizar substâncias tóxicas. Embriões e fetos são particularmente vulneráveis a agentes químicos que interfiram nos processos de proliferação e diferenciação celular.

     O sexo e o estado fisiológico também influenciam. Em mulheres no período reprodutivo, os estrógenos podem modificar a atividade dos hepatócitos e os mecanismos de biotransformação, enquanto a maior quantidade de água corporal contribui para maior distribuição dos compostos. O consumo crônico de álcool tende a ser mais prejudicial em mulheres, que apresentam menor atividade da álcool-desidrogenase gástrica e, portanto, desenvolvem cirrose em menor tempo de exposição quando comparadas aos homens. Na gestação, os efeitos tóxicos se intensificam devido ao aumento dos progestágenos e à retenção hídrica própria do período.

      A interação entre diferentes substâncias químicas também altera o potencial de toxicidade. O fenobarbital, por exemplo, induz enzimas do retículo endoplasmático liso, acelerando o metabolismo de vários compostos, o que pode tanto aumentar quanto reduzir seus efeitos nocivos. A associação de isoniazida e rifampicina, utilizada no tratamento da tuberculose, eleva significativamente a toxicidade da isoniazida, uma vez que a rifampicina estimula a formação do metabólito hidrazina, responsável por manifestações semelhantes às do lúpus eritematoso.

      Por fim, doenças já existentes podem modificar a resposta do organismo. Afecções hepáticas reduzem a capacidade de metabolizar substâncias químicas, enquanto doenças renais comprometem a eliminação, favorecendo o acúmulo dos compostos e, consequentemente, a intensificação de seus efeitos tóxicos.

Agentes biológicos:

   Agentes biológicos como vírus, bactérias, fungos, protozoários, helmintos e artrópodes podem invadir o organismo e causar doenças infecciosas. Essas enfermidades acompanham a humanidade há milênios, estando entre as principais causas de morbimortalidade. A Patologia teve papel central na compreensão desses processos, dando origem a áreas como a Parasitologia, a Microbiologia e a Imunologia.

       Mesmo com avanços no controle e redução da mortalidade, as infecções continuam sendo problema relevante no Brasil e no mundo, manifestando-se em surtos, epidemias ou pandemias. Entre os eventos recentes de maior impacto destacam-se a COVID-19, causada pelo SARS-CoV-2, a síndrome congênita pelo Zika vírus, a expansão das febres hemorrágicas (como dengue, febre amarela e Ebola) e a persistência de doenças crônicas negligenciadas, como tuberculose, hanseníase, malária e doença de Chagas.

      No Brasil, entre 2000 e 2017, as infecções respiratórias responderam por cerca de 950 mil mortes, seguidas de sepse e infecções bacterianas sistêmicas, com aproximadamente 300 mil óbitos. Também houve crescimento dos casos fatais relacionados ao HIV/AIDS e à dengue hemorrágica, enquanto doenças como a tuberculose mantiveram taxas estáveis.

     A emergência e a reemergência de infecções resultam de múltiplos fatores, incluindo evolução genética e adaptação dos microrganismos, resistência antimicrobiana, envelhecimento da população, alterações da imunidade, condições sociais, ambientais e comportamentais, além de deslocamentos populacionais e mudanças climáticas.

    A patogenicidade e a virulência resultam da interação entre fatores do microrganismo e do hospedeiro. Nos patógenos, destacam-se mecanismos que favorecem invasão, evasão das defesas e produção de toxinas, enquanto no hospedeiro influem imunidade, idade, estado nutricional, comorbidades e perfil genético.

  As lesões podem ocorrer por invasão celular com efeito citopático, liberação de toxinas (exo e endotoxinas), ativação do complemento, resposta imune exacerbada (inclusive autoagressão) ou integração do agente ao genoma celular, com risco de neoplasia. A gravidade depende tanto das características do patógeno quanto da condição do organismo infectado.

Lesões produzidas por vírus:

    Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios que dependem da célula hospedeira para se replicar. Variam de dezenas de nanômetros a alguns micrômetros e possuem genoma de DNA ou RNA envolto por capsídeo proteico e, em alguns casos, por envelope lipídico. Classificam-se de acordo com o tipo de ácido nucleico, a forma de replicação, o tropismo celular e as doenças que provocam.

   A infecção ocorre por diferentes vias, como respiratória, digestiva, pele lesionada, picada de artrópodes ou contato direto com sangue e tecidos. A entrada depende da ligação do vírus a receptores específicos da célula, o que explica a seletividade por espécies e tipos celulares. Dentro da célula, o material genético viral é liberado, replicado e usado para sintetizar novas partículas, que saem por exocitose ou morte celular.

   As mutações virais, especialmente em vírus de RNA, favorecem o surgimento de variantes com características distintas, devido à baixa capacidade de correção de erros da RNA polimerase. Além disso, em infecções simultâneas, pode ocorrer troca de genes entre cepas. Esse fenômeno é notável nos vírus da influenza, cujas mutações frequentes em hemaglutinina e neuraminidase exigem atualização anual das vacinas. Em casos de rearranjo gênico, podem emergir variantes altamente agressivas, como a cepa H1N1 de 2009.

    A disseminação viral ocorre por sangue, linfa ou axônios. Alguns vírus circulam livres (hepatite B), outros viajam em células sanguíneas (HIV em linfócitos, CMV em monócitos). Certos vírus usam transporte axonal, como o da raiva e os herpesvírus. O alcance a diferentes tecidos depende do tropismo viral, definido por receptores específicos.

   Os vírus causam lesões por ação direta ou indireta. No primeiro caso, podem provocar: infecções abortivas (sem replicação), persistentes (replicação lenta, como HIV), latentes (genoma integrado, como herpes-zóster), transformações celulares (HPV, EBV) ou infecções líticas (herpes simples).

    Na ação indireta, o dano resulta da resposta imune. Antígenos virais expostos na membrana celular desencadeiam interferons, ativação de linfócitos T, NK, anticorpos e complemento, podendo destruir células mesmo sem efeito citopático direto. Além disso, imunocomplexos podem formar-se localmente ou circular, causando inflamação, trombose ou deposição em tecidos (como em hepatite B).

   O efeito citopático viral inclui lise celular, formação de sincícios, alterações no citoesqueleto, corpúsculos de inclusão (raiva, CMV, herpes), coilocitose (HPV) e apoptose.

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Mecanismos gerais de lesões celulares induzidas por vírus. 

FONTE: BOGLIOLO, 2021

Lesões produzidas por bactérias:

      Bactérias são organismos procariotos sem núcleo definido, com cromossomo circular, ribossomos 70S e parede celular de peptidoglicano. Podem ser classificadas pela coloração de Gram, forma (cocos, bacilos, vibriões etc.), necessidade de oxigênio (aeróbias/anaeróbias) e estruturas de mobilidade (flagelos, fímbrias/pilli).

      A infecção bacteriana envolve adesão ao hospedeiro, multiplicação e invasão tecidual. A patogenicidade depende de genes cromossômicos ou plasmídeos que codificam fatores de virulência, incluindo adesão, evasão da resposta imune, resistência a fagócitos e antibióticos, produção de toxinas e formação de biofilmes.

        A pele e mucosas atuam como barreiras físicas, químicas, imunes e biológicas (flora normal). Para invadir, bactérias podem produzir enzimas que degradam muco e glicocálice, liberar bacteriocinas ou expressar adesinas específicas, que determinam tropismo por certos tecidos. A adesão também pode ocorrer de forma inespecífica, mediada pela hidrofobicidade da superfície bacteriana.

   A sobrevivência bacteriana depende de estratégias de evasão da imunidade: degradação de IgA, imunossupressão, cápsulas protetoras, inibição de fusão fagossomo-lisossomo, bloqueio da explosão respiratória e resistência a radicais livres. Quando a resposta do hospedeiro falha, a bactéria se multiplica, causando doença.

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Mecanismos gerais de agressão por bactérias.

FONTE: BOGLIOLO, 2021

Lesões produzidas por riquétsias, micoplasmas e clamídias:

      Riquétsias são bacilos Gram-negativos intracelulares obrigatórios que causam febre maculosa, tifo exantemático e febre tsutsugamuchi. São transmitidas por carrapatos, piolhos, pulgas e ácaros. Após a inoculação, são fagocitadas por células dendríticas, multiplicam-se nos linfonodos e atingem a circulação, infectando células endoteliais e musculares, provocando vasculite, rash cutâneo e, em casos graves, falência de órgãos.

   Micoplasmas são bactérias sem parede celular, presentes em diversas espécies animais e plantas. Em humanos, destacam-se Mycoplasma pneumoniae (pneumonia atípica), M. genitalium e Ureaplasma (infecções genitais). Aderem às mucosas e, em alguns casos, invadem células. Causam inflamação pulmonar, articular e genital, com exsudato celular e dano agravado por toxinas, podendo induzir inflamações crônicas. A defesa do hospedeiro envolve anticorpos e resposta celular mediada por linfócitos T citotóxicos.

   Clamídias são intracelulares obrigatórias, com três espécies patogênicas: C. trachomatis (infeções oculares e genitais, linfogranuloma venéreo), C. pneumoniae (pneumonia) e C. psittaci (quadro respiratório gripal). Apresentam ciclo com corpos elementares (formas infectantes) e corpos reticulares (metabolicamente ativos). Induzem inflamação com exsudato de macrófagos e neutrófilos; a resposta celular é crucial para controlar a infecção, enquanto a cicatrização tende a ocorrer com fibrose.

Lesões causadas por fungos:

    Fungos são eucariotos com parede celular espessa (β-glicanas, quitina, glicoproteínas) e membrana rica em ergosterol. Podem ser unicelulares ou multicelulares e se classificam por morfologia, reprodução e componentes moleculares. Os 6 filos principais são: Chitridomycota, Zygomycota, Ascomycota, Basidiomycota, Glomeromycota e Deuteromycota.

 

      Entre os fungos patogênicos humanos, alguns afetam indivíduos saudáveis, enquanto outros são oportunistas. Exemplos incluem: Histoplasma, Paracoccidioides, Coccidioides, Sporothrix, Candida, Aspergillus, Cryptococcus e os Micorales (Zygomycota). A maioria é dimórfica, assumindo forma filamentosas no ambiente e leveduriforme nos tecidos; alguns crescem dentro de células ou formam massas de fungos. Infecções podem ocorrer por inalação de esporos, inoculação direta ou penetração superficial (como dermatófitos).

 

        As lesões resultam da resposta imunitária inata e adaptativa. Receptores como TLRs, CLR e PAMPs ativam células dendríticas, epiteliais e macrófagos, iniciando respostas Th1 e Th17 que eliminam o fungo. O equilíbrio Th2/LTreg favorece persistência e inflamação granulomatosa crônica. Fungos oportunistas (Candida, Fusarium) podem formar hifas com pouca reação inflamatória.

          Alguns fungos também provocam alergias respiratórias (Alternaria, Cladosporium, Penicillium, Aspergillus), associadas a resposta Th2, produção de IgE e, às vezes, formação de imunocomplexos que causam alveolite alérgica extrínseca.

Lesões causadas por protozoários:

    Protozoários são eucariotos unicelulares parasitos de humanos, pertencentes a quatro filos:

  • Rhizopoda: Entamoeba

  • Sarcomastigophora: Trypanosoma, Leishmania, Giardia, Trichomonas

  • Apicomplexa (Sporozoa): Plasmodium, Toxoplasma, Cryptosporidium

  • Ciliophora: Balantidium

     Possuem núcleo, organelas como Golgi, retículo endoplasmático e mitocôndrias, e estruturas de locomoção como flagelos ou cílios. Podem ser esféricos, ovais ou alongados, assumindo formas funcionais como trofozoítos (ativos), cistos/oocistos (resistentes) e gametas (sexuados, em Apicomplexa). Reproduzem-se intra ou extracelularmente em diferentes tecidos: por exemplo, Trichomonas vaginalis na vagina/uretra, Giardia lamblia e Entamoeba histolytica no intestino, Plasmodium em hemácias, Trypanosoma no miocárdio e Leishmania na pele; Toxoplasma gondii afeta retina e cérebro.

    A lesão tecidual causada por protozoários ocorre de duas formas:

  1. Direta, como destruição celular ou hemólise (ex.: amebíase, malária);

  2. Indireta, mediada pela resposta imune adaptativa, com linfócitos citotóxicos causando dano (ex.: leishmaniose, tripanosomíase).

Lesões produzidas por helmintos:

       Helmintos são vermes multicelulares que podem ser nematelmintos (redondos, ex.: Ascaris, Trichuris, filárias) ou platelmintos (chatos, ex.: tênias, Schistosoma). Possuem ciclos de vida complexos, com reprodução sexuada no hospedeiro definitivo e, em alguns casos, assexuada em hospedeiro intermediário ou vetor. Humanos podem abrigar formas adultas, larvais ou ovos, que são eliminados nas fezes. Espécies que parasitam outros animais podem causar infecções humanas sem completar seu ciclo (ex.: Toxocara canis, Echinococcus granulosus).

    A infecção ocorre por:

  1. Ingestão de ovos larvados que evoluem para adultos no intestino ou migram por pulmões antes de maturarem (ex.: Ascaris);

  2. Penetração cutânea seguida de migração até o intestino (ex.: Strongyloides);

  3. Ingestão de larvas em hospedeiro intermediário (ex.: tênias, Trichinella);

  4. Inoculação por vetor ou penetração de larvas em água ou solo (ex.: Wuchereria, Schistosoma).

      A resposta imune é complexa, envolvendo inicialmente Th1 e, principalmente, Th2, que mobiliza mastócitos, eosinófilos, muco e aumenta motilidade intestinal para eliminar os parasitos. Nos tecidos, observam-se inflamação, granulomas e exsudato celular.

   Os danos causados pelos helmintos incluem:

  • Ação de toxinas e enzimas liberadas pelos parasitos;

  • Lesão mecânica e obstrução por migração ou acúmulo de vermes;

  • Reações imunológicas, como anafilaxia, broncoespasmo e deposição de imunocomplexos;

  • Fibrose e alterações vasculares, como hipertensão portal na esquistossomose hepática.

Diagnóstico histopatológico:

    O diagnóstico histopatológico de doenças infecciosas baseia-se na análise da resposta inflamatória e na detecção direta dos microrganismos. Em muitas infecções bacterianas e virais, a inflamação é inespecífica, mas algumas alterações citopáticas ajudam a identificar o agente, como a coilocitose em infecções por HPV, inclusões nucleares no CMV e alterações nucleares na infecção por herpes. Infecções bacterianas podem ser visualizadas em colorações de rotina ou específicas, como a Gram, que evidencia colônias de cocos piogênicos, enquanto agentes como Mycobacterium e Brucella formam granulomas.

      As infecções fúngicas frequentemente apresentam microabscessos ou granulomas, e algumas espécies, como Paracoccidioides e Candida, possuem características morfológicas próprias que auxiliam o reconhecimento histopatológico. Protozoários invasivos, como Entamoeba histolytica, causam infiltração neutrofílica e granulomatosa, enquanto helmintos provocam resposta eosinofílica intensa, formando granulomas ao redor de ovos ou larvas. Parasitas intracelulares, como Toxoplasma gondii e Trypanosoma cruzi, induzem infiltrado mononuclear, e a identificação direta de ovos, larvas ou trofozoítos é comum em diversas parasitoses.

    Técnicas complementares aumentam a precisão do diagnóstico. A imuno-histoquímica permite detectar antígenos de vírus, bactérias, fungos e protozoários com alta sensibilidade e especificidade, utilizando anticorpos ligados a enzimas ou fluorocromos. Essa técnica é especialmente útil quando os microrganismos são escassos ou morfologicamente semelhantes.

     A hibridação in situ (HIS) identifica sequências específicas de DNA ou RNA microbiano, oferecendo maior estabilidade dos alvos e localização precisa do agente no tecido. Apesar disso, requer procedimentos laboratoriais mais complexos, o que limita seu uso rotineiro.

      Além disso, a PCR e suas variantes têm sido cada vez mais empregadas para detectar ácidos nucleicos de vírus, bactérias, fungos e protozoários em amostras celulares ou teciduais. A PCR quantitativa oferece a vantagem adicional de determinar a carga viral, informação importante para o manejo de diversas viroses.

Referências bibliográficas:

  1. FILHO, Geraldo B. Bogliolo - Patologia. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. E-book. p.70. ISBN 9788527738378. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788527738378/. Acesso em: 16 set. 2025.

© 2022 by Paulo Santos. 

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