
Meu Atlas de
Patologia

Coração

CORAÇÃO- LIPOFUSCINA
A lipofuscina, ou “pigmento de desgaste”, é um material granular marrom-amarelado insolúvel que se acumula em tecidos como coração, fígado e cérebro com o envelhecimento ou atrofia. Formada por complexos de lipídios e proteínas resultantes da peroxidação de membranas por radicais livres, é um marcador de lesão oxidativa passada, sem causar dano celular. Em excesso, confere ao tecido atrófico, especialmente no coração, a aparência chamada atrofia marrom.
AZUL - Pigmento de lipofuscina
CORAÇÃO- INFARTO
Um infarto é uma área de necrose isquêmica causada pela oclusão do suprimento vascular do tecido afetado. Na lâmina é possível ver o tecido muscular cardíaco com áreas de infiltração de células inflamatórias.


AZUL - Células inflamatórias entre os miocardiócitos necróticos


CORAÇÃO TRIPANOSSOMA CRUZI
A Doença de Chagas, causada pelo Tripanossoma cruzi, tem ciclo de vida que envolve triatomíneos (barbeiros) como vetores e mamíferos como hospedeiros. O parasita penetra pela pele/mucosas, multiplica-se nas células na forma de amastigotas e depois retorna à forma de tripomastigotas, disseminando-se por diversos tecidos, especialmente o coração

AZUL - Tripanossoma cruzi
CARCINOMA GÁSTRICO
No aumento de 4x é possível observar principalmente na mucosa da lâmina gástrica,áreas de necrose e hemorragia/dilatação vascular geradas por uma disrupção da mucosa pela infiltração neoplásica e pela angiogênese causada pelo tumor.

AZUL - Áreas de necrose e hemorragia/dilatação vascular com angiogênese.


CARCINOMA GÁSTRICO
No aumento de 10x é possível observar uma perda da arquitetura normal do estômago, com padrão glandular desorganizado.

AZUL - Padrão glandular desorganizado.
CARCINOMA GÁSTRICO
No aumento de 40x é possível observar células tumorais com núcleos aumentados, pleomórficos e hipercromáticos (bem corados em roxo); angiogênese; tecido conjuntivo em torno das células neoplasicas e presença de numerosos linfócitos (pequenos, núcleo redondo e basofílico), infiltrando o estroma tumoral.

AZUL - Células tumorais
VERDE - Infiltrado de linfócitos
AMARELO - Angiogênese


ABSCESSO HEPÁTICO
No aumento de 40x é possível observar células tumorais com núcleos aumentados, pleomórficos e hipercromáticos (bem corados em roxo); angiogênese; tecido conjuntivo em torno das células neoplasicas e presença de numerosos linfócitos (pequenos, núcleo redondo e basofílico), infiltrando o estroma tumoral.

LARANJA - Veia centrolobular com sinusoides
VERMELHO - Região de necrose liquefativa ao redor de vasos sanguíneos.
FÍGADO - ESTEATOSE
Nos hepatócitos há vacuolização citoplasmática clara devido ao acúmulo de lipídeos, com isso, os vacúolos empurram o núcleo para a periferia. Aqui há também uma arquitetura lobar relativamente preservada, com aparência em “favo de mel”, em que citoplasma encontra-se rarefeito e na presença de múltiplos vacúolos.
VERDE - Abscesso


APENDICITE
Nessa lâmina, podemos observar a presença exsudado fibrino-leucocitário transmural,, sugerindo apendicite supurativa.
VERDE - Infiltrado inflamatório
ROXO - Camada muscular.
PÂNCREAS - NECROSE GORDUROSA
Observa-se o local corado em rosa típico de necrose, inclusive com pigmentos marrons de hemossiderina. Já não se identifica os contornos celulares nem os núcleos das células. Ao redor dessa área visualiza-se os adipócitos em decorrência da necrose gordurosa, pouquíssimo corados na lâmina.

AZUL - Adipócitos espalhados nos lobos pancreáticos
MARROM - Pigmentos de hemossiderina na área necrótica.


TUBERCULOSE HEPÁTICA
Observa-se a arquitetura geral do fígado parcialmente preservada, com hepatócitos e trabéculas reconhecíveis. (azul)
Identificam-se múltiplos focos arredondados e pálidos, correspondentes a granulomas, distribuídos pelo parênquima hepático (vermelho). Essas lesões substituem áreas do tecido hepático normal e, em alguns pontos, há centros mais eosinofílicos, sugerindo necrose caseosa (laranja).

AZUL - Observa-se hepatócitos e trabéculas hepáticas
VERMELHO - Identificam-se múltiplos focos arredondados e pálidos, correspondentes a granulomas, distribuídos pelo parênquima hepático
LARANJA - Centros mais eosinofílicos, que sugerem necrose caseosa.
TUBERCULOSE HEPÁTICA
Em maior aumento, podemos observar com mais detalhamento a divisão entre tecido preservado e lesão histopatológica.

VERDE - zona periférica do granuloma, composta por células epitelioides
AZUL - cordões dos hepatócitos - alguns comprimidos ou parcialmente destruídos


TUBERCULOSE HEPÁTICA
A tuberculose hepática é uma forma rara de tuberculose extrapulmonar. Nessa lâmina, podemos identificar um achado característico dessa patologia- a presença de inflamação granulomatosa com necrose de caseificação que se formam em resposta ao bacilo.

AMARELO - Foco necrótico
LARANJA - Inflamação granulomatosa.
RIM - TUBERCULOSE RENAL 4x
A tuberculose renal é a segunda forma de apresentação mais frequente da tuberculose extrapulmonar, na qual ocorre disseminação do bacilo e formação de granulomas no córtex renal. Em um menor aumento, podemos observar a arquitetura geral do parênquima renal bastante desorganizada, sendo possível identificar a presença de múltiplos nódulos granulomatosos distribuídos pelo córtex e medula, que aparecem como áreas arredondadas e pálidas em relação ao tecido adjacente.

AMARELO - nódulos granulomatosos
AZUL- área central mais eosinofílica e amorfa (centro de necrose caseosa)
VERDE - halo de infiltrado inflamatório crônico
ROXO - glomérulos


RIM - TUBERCULOSE RENAL 10x
Em maior aumento, podemos identificar com mais clareza o tecido de granuloma típico da tuberculose e, além disso, podemos também observar que as estruturas tubulares próximas aparecem parcialmente destruídas ou comprimidas.

AZUL - centro de necrose caseosa
AMARELO - nódulos granulomatosos
VERDE - infiltrado inflamatório crônico
ROXO - glomérulos
TGI
ESTÔMAGO - ÚLCERA
Nessa lâmina é possível observar uma descontinuidade epitelial, com desaparecimento do epitélio cilíndrico simples e das glândulas gástricas. Já na submucksa é possível notar sua substituição por tecido de granulação, com a presença de de neovasos e infiltrado inflamatório. Ademais, nota-se também uma muscular interrompida e desorganizada.

AZUL - infiltrado inflamatório
ROSA - úlceras
ROXO - glândulas


ESTÔMAGO - ÚLCERA
Em um pequeno aumento, podemos notar uma mucosa mais preservada em certas áreas, mas com desorganização glandular e atrofia, além de uma sou mucosa com edema e infiltrado inflamatório difuso. Há também tecido conjuntivo em formação sugerindo processo de cicatrização parcial da úlcera.

AZUL - infiltrado inflamatório
AMARELO - desorganização glandular
LARANJA - tecido conjuntivo
INTESTINO DELGADO - PERITONITE
Nessa lâmina é possível notar as vilosidades intestinais, revestidas por epitélio simples e células cálice formes, porém com necrose superficial e infiltrado inflamatório. A submucosa apresenta neutrófilos e linfócitos demonstrando edema e congestão vascular. Por fim, nota-se uma serosa espessada e com áreas de fibrina, evidenciando aspecto condizente com peritonite aguda.

ROXO- infiltrado inflamatório
